Bem Vindo

O Objetivo deste Blog é Visualizar e discutir o Tema de Estrutura e Análise de Balanços.

Estrutura e Analise de Balanços

História

• 1895 - o Conselho Executivo da Associação de Bancos de Nova Iorque recomendou a seus membros solicitar balanços aos tomadores de empréstimos.
• 1900 - surge os primeiros formulários de proposta de créditos que incluía espaço para balanço.
• 1919 - Alexander Wall, considerado o pai da análise de balanços, desenvolveu um modelo de análises de índices.
• 1925 - Stephen Gilman propôs a análise horizontal.
• 1931 - A empresa Dun & Bradstreet passou a elabolar e divulgar índices padrão para diversos ramos
• Década de 30 - surgiu na Du Pont um modelo de análise de rentabilidade (ROI - Return on Investiment) que decompunha o retorno em margem e giro.
No Brasil
• 1932 - Ensaio sobre análise de balanços, de João Luiz dos Santos.
• 1941 - A obra “Análise econômica e financeira do capital das empresas”, de Frederico Herrmann Júnior, abordar o assunto em bases mais modernas.
• 1949 - Estrutura e análise de balanços, de Francisco D’Áuria.
• Década de 70: criação da SERASA, empresa que passou a operar como central de Análise de Balanço de bancos comerciais.

O QUE É?

1) “A Análise de Balanço objetiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisão”.

2) “É a arte de extrair relações úteis para o objetivo econômico que se tem em mente, dos relatórios contábeis e de suas extensões de detalhamento” (Airto Ferronato).

3) “Consiste em comparar valores de determinadas operações e períodos de modo que se possa ter uma visão do passado, a fim de projetar e programar o futuro” (Manual de procedimentos para micro empresas – Sebrae)

Importancia e Metodologia da Análise Contabil

Assim como um medicamento para ser eficaz precisa ser prescrito pelo médico, também as decisões empresariais de maior relevo requerem a assistência técnica de um especialista.
A orientação para investir, para que a prosperidade seja conseguida é, sem dúvida, a principal e mais significativa função do Contador posto que este é o cientista dos empreendimentos.

Não consegue, todavia, o profissional emitir opinião válida sem que a mesma deflua de um estudo das informações contábeis.
Uma análise, seja de que fenômeno for, necessita de método competente para que possa produzir conclusões apoiadas na verdade.

Existem situações ideais a serem tomadas como parâmetros, ou seja, um tipo de relação ideal competente para evidenciar se os procedimentos patrimoniais estão sendo corretamente seguidos em busca da eficácia.
Essas se espelham em modelos ou construções que indicam o que deve ser perseguido como meta.

Ao Contador cabe construir os modelos ditos “quantitativos” ou adaptáveis
a cada caso, partindo de “qualitativos” que são ditados pela ciência.
Ou ainda, a teoria mostra a realidade a ser atingida e a prática deve preocupar-se em convertê-la em algo factível.

Podemos produzir modelos para corrigir falha já conhecida, encontrar alternativa de decisões administrativas a serem tomadas, realizar investimentos, obter financiamentos, realizar transformações societárias, regular a produção, dilatar a empresa, em suma, para muitos propósitos.
Nenhum modelo, todavia, pode alcançar seu escopo sem que seja construído através de uma análise competente de “relações lógicas” e sem que tenha como objetivo a ótica da “eficácia”.

Se não se conhecem as razões que alicerçam a existência de um fato não se podem construir modelos válidos e nem analisar as razões referidas se não se parte de raciocínios lógicos fundamentais, especialmente os que possuem compromissos com a “essência”.

Como lecionou Hegel, “A referência a si mesma na essência é a forma da identidade, da reflexão em si” e só a identidade entre “necessidade” e “meio patrimonial” (que são essências) pode ensejar a eficácia, meta primordial da finalidade do estudo da Contabilidade.

Embora a referência do emérito filósofo possa parecer restrita a algo pessoal, no sentido essencial geral, não é restritiva se relativamente e por analogia considerarmos a essência das coisas de forma holística e sob a ótica do objetivo.
Não se podem dissociar, para efeito analítico em Contabilidade, o que é necessário (como falta de riqueza para conseguir propósitos) daquilo que é apto para suprir a necessidade (riqueza patrimonial apta a ensejar a consecução do objetivo), sob pena de se perder a identidade do examinado.

Ou seja, a identidade da essência está na relação que entre ela mesma se
faz a partir dos elementos de que se constitui.
A análise contábil requer a evocação originária ou geratriz do próprio patrimônio e que é a necessidade, para entendimento sobre o analisado, como já evocava Giovanni Rossi na segunda metade do século XIX (obra L´ente economico-amministrativo).
Tais reflexões, embora filosóficas, são determinantes na escolha da
metodologia na prática.

A ciência, o modelo científico, partindo do essencial, somando-se aos demais aspectos (dimensional e ambiental), completa o caminho conveniente ao curso do pensamento aplicado ao analítico.
Quando se busca um modelo em Contabilidade deve-se deixar orientar por uma série de condições, dimanadas das fundamentais, mas que ditam a estrutura de qualquer fenômeno do patrimônio.

Tais diretivas se posicionam na doutrina neopatrimonialista a partir das denominadas relações lógicas e que são: essenciais, dimensionais e ambientais.
Todas as referidas influem sobre os fenômenos da riqueza das células sociais e nas funções do patrimônio, em forma sistemática.

Ou seja, necessário para analisar é considerar a gênese, a natureza, as medidas, as influências internas e externas que promovem o fenômeno patrimonial, tomando como paradigma a eficácia dimanada das funções sistemáticas dos meios patrimoniais.
Tudo isso de forma “holística”, ou ainda, observando o procedimento da riqueza do empreendimento em conjunto com as forças que sobre o patrimônio influem para transformá-lo. O racional é um estudo a partir de relações e ótica de sistemas, estes inseridos em universos.

Necessário ainda se faz ter em conta que todas as funções ou utilidades da riqueza vivem em interdependência, em concomitância, seguindo rumos comuns, recebendo ações que provocam movimentos.A época atual exige exames integrados, analíticos, mas, também sintéticos, competentes para abranger a tão ágil mudança dos fatores que influem sobre a vida dos negócios.

Não se pode chegar a uma síntese confiável se não se parte de uma análise abrangente, considerando todas as relações lógicas que geram o fenômeno patrimonial, tendo em mira a interação e a natureza funcional que existe em tudo o que acontece com a riqueza dos empreendimentos humanos.

Contador a Imagem e a Marca

A sustentação e a afirmação da Imagem e da Marca de uma Empresa de Serviços Contábeis é um tema que realmente merece estudos e pesquisas de todos, apesar da pouca literatura que existe sobre ele.
A maneira como sua empresa se apresenta no mercado de trabalho, pode terminar seu futuro. Pequenos detalhes podem ser definitivos. Valorize, pois, as características de suas aptidões e do seu conceito de trabalho; enfrente tudo com ética e profissionalismo.
Recentemente, no Brasil, foi alterada a Lei da Propriedade Industrial e da Proteção à Marca. Sabemos que as Imagens e as Marcas desenvolvem bons relacionamentos com os clientes que terceirizam serviços de contabilidade. Elas servem, também, para transmitir ao destinatário segurança e tranquilidade, pois a simples visão da Marca projeta imediatamente uma consistência do trabalho contratado.
Quando alguns profissionais iniciam suas atividades lutam para encontrar uma empresa que possa lhes dar segurança e que possuam uma Imagem que os identifique no mercado de trabalho. Na realidade, buscam uma janela para se comunicarem.
Nos últimos anos do século passado, afirmava-se que os caminhos do sucesso das Empresas Prestadoras de Serviços Contábeis eram a qualidade do trabalho, a competitividade e a organização; agora já temos que acrescentar o conhecimento, e sua velocidade da aplicação. Por outro lado, sempre que o mercado ficar mais competitivo, as empresas deverão identificar seus pontos fracos.
Alan Greenspan, presidente da Federal Reserve dos Estados Unidos, em palestra proferida no dia 06 de março de 2000, em Massachusetts, disse:
“Antigamente, bastava completar o segundo grau para que o trabalhador médio se considerasse equipado de conhecimentos que lhe seriam suficientes por toda a vida. Isso hoje já não acontece mais. Faculdade está sendo inundada por trabalhadores que voltam à escola em busca de novos conhecimentos”.
É por isso que as Empresas de Serviços Contábeis sempre realizam treinamentos e qualificações de seus sócios e auxiliares para obter bons resultados e atender às expectativas de seus clientes. Contudo, essa Imagem raramente é transmitida para o mercado.
Todos nós conhecemos profissionais qualificados e competentes, alguns até com cursos de mestrado e doutorado, e que, no entanto, não conseguiram obter sucesso no mercado de trabalho em Empresas de Serviços Contábeis. Quase sempre a contratação de novos clientes acontece por indicação deles próprios. Ora, isso é afirmação da Imagem, modesta, mas verdadeira.
Philip Kotler e Howard Barich, autoridades mundiais em marketing, dizem que “somente uma abordagem sistemática pode produzir informações úteis e precisas e que uma empresa poderá traduzir em ações corretas.”
Estamos agora num novo século, onde os fatores tecnológicos se multiplicam e produzem mudanças substanciais, tanto na maneira de realizar e vender, como na de entregar os serviços realizados. Mas ainda assim não vemos nenhum movimento no mercado que indique quaisquer investimentos em marketing, ou confirmação e divulgação da Imagem ou da Marca de uma Empresa de Serviços Contábeis.

O atual Código de Ética da Classe Contábil ainda guarda alguns resquícios do primeiro, aprovado e publicado em 1950, onde não se previa qualquer tipo de divulgação ou propaganda. Hoje, no entanto, precisamos transmitir à sociedade empresarial do nosso Estado, da nossa cidade, provas do conhecimento, do trabalho que executamos e das muitas dificuldades que o governo e sua burocracia nos repassam.
Mas qualquer serviço de publicidade ou propaganda proposto por Empresas de Prestação de Serviços Contábeis, deverá ser feito com muita seriedade e com objetivos bem determinados, numa ação de médio prazo, com a finalidade de mostrar essas empresas para o mercado. Também será necessário que os nossos dirigentes de classe tenham a noção muito clara de que, nos anos 50 as nossas cidades eram ainda pequenas, a sua população era muito menor. Tudo girava nos bairros e as pessoas tinham melhores relacionamentos individuais.
Atualmente a sociedade é mais exigente e requer mais qualidade. Com o surgimento das grandes cidades, o país que ultrapassa os 170 milhões de habitantes, já tem aproximadamente 60.000 Empresas Contábeis disputando o mercado. É fundamental, pois, a divulgação e a expansão da Imagem e da Marca. Essa divulgação do trabalho individual de qualidade, ajudará a elevar a Imagem de todo segmento. E a Marca será a forma mais legítima de comunicação, tanto das empresas como do profissional com seus clientes.
É certo que toda Empresa Contábil que produz serviços de qualidade, conseguirá fugir do consumo rápido e se transformará em referência número um no mercado de trabalho.
O que uma empresa deve fazer para conquistar novos clientes ?
Essa é uma bela pergunta que ouvimos muitas vezes. Certa vez estava eu participando de um painel, numa grande faculdade, numa bela capital brasileira nordestina, quando se aproximou de mim um profissional e me disse:
- Sou Contador há 20 anos, tenho 47 e trabalho numa cidade de porte médio, durante 15 anos fui gerente do maior banco da cidade; hoje sou presidente da maior Associação Esportiva da mesma. Minha filha foi rainha da cidade, meu filho joga futebol no principal time de futebol de salão do município e minha esposa é do lar. Aposentei-me e abri já há três anos um Escritório de Contabilidade com minha esposa, formada em Contabilidade, mas que nunca tinha trabalhado no ramo. E nós não conseguimos clientes, o que faço ?
Respondi rápido, fazendo-lhe uma pergunta:
- O que você está fazendo para conseguir novos clientes ?
Ele me olhou sério e respondeu:
- Nada.
Aí está. Devemos saber que o mercado de trabalho deve ser conquistado paulatinamente, investindo na Imagem e na Marca
De nada adianta ter sucesso em outras atividades, nem seu, nem de sua família. É necessário que a sociedade empresarial da sua cidade ou do seu bairro conheçam sua capacidade profissional e confiem no trabalho do Contador. No fundo existe parceria. E a parceria tem que ser igual. O Contador quer um novo cliente e o cliente quer um bom Contador.

Até 1990, tinhamos uma Empresa de Contabilidade. Estava situada numa avenida de grande movimento em Porto Alegre. Hoje estamos numa rua de pouco movimento de veículos e pessoas. Ainda velhos amigos nos perguntam se estamos funcionando no endereço anterior.
Portanto, a divulgação da Imagem e da Marca é uma forma muito positiva de se vender um bom produto, de engrandecer e afirmar a potencialidade de uma empresa e de uma profissão. Seguramente os próximos anos serão de grandes mudanças. Todos, pois, devemos estar preparados para os novos serviços que estão sendo criados e projetados pelos órgãos governamentais.
Quem entrou neste século com a mentalidade de 1980 ou 90, certamente está fora do mercado, porque uma atividade profissional de serviços deverá afirmar-se pela força de seus componentes e pela pujança das suas entidades. Temos a certeza de que algumas Entidades de Classe Contábil, deverá rever suas atividades e, principalmente, seus conceitos. Em nosso mercado de trabalho não adianta prometer: temos que fazer.
Não podemos cruzar os braços, temos que buscar soluções eficazes, devemos ter coragem de dizer não as respostas conhecidas e ampliar nossas limitações, pois entre Contadores e Técnicos em Contabilidade, poderemos transformar o impossível em apenas difícil. Por outro lado, não devemos esperar que o mercado nos oportunize o sucesso. Temos que fazer tudo bem feito, divulgar nosso trabalho para alcançar o desejado triunfo.
Jaime Troiano, Consultor de Marcas, Engenheiro Químico pela Faculdade de Engenharia Industrial de São Paulo, disse:
“Marca não é somente um símbolo ou uma forma de identificação. Marcas ocupam espaço na vida dos consumidores. São elas que dão sentido às escolhas e são tratadas pelo consumidor como se fossem outras pessoas em suas vidas”.
Porque esse tema é um desafio, não nos atravemos enfrentá-lo sozinho. Convidamos a todos amigos e colegas de profissão que atuam no mercado de trabalho das Empresas de Serviços Contábeis, para nos ajudarem a enfrentar e vencer este mito. Segundo disse com razão o Dr. Carlos Henrique Froes, Professor da Escola de Magistratura do Rio de Janeiro, num Seminário da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes): “Um produto sem marca é como uma pessoa sem rosto”.


IVAN CARLOS GATTI
CONTADOR CRC/RS 12.429

Analise de Balanço - Prosegur Brasil S.A
















Analise Economica

A situação econômica da Prosegur está satisfatória. De 2006 para 2007 o lucro líquido teve um aumento de mais de 1.000 %, passando de 4,6 milhões de reais para 59,8 milhões. Com isso, todos os indicadores de rentabilidade apresentaram um bom resultado. A margem de lucro de 7% indica que para cada 100 reais vendidos a empresa ganha 7 reais. A rentabilidade do PL, com índice de 26/%, indica que, mantido esse ritmo, em 4 anos a empresa conseguiria recuperar o capital investimento pelos proprietários. O giro do ativo revela que a empresa que com o volume de operações atual, a empresa consegue renovar seus ativos duas vezes ao ano.
Vale observar que a empresa acumulava prejuízos de exercícios anteriores e a nos dois últimos anos consegue retornar a ter lucro.

Analise Financeira

A Prosegur S.A. apresenta uma boa situação financeira. Os indicadores de liquidez revelam que a empresa tem capacidade de pagar suas dívidas tanto no curto quanto no longo prazo. A liquidez corrente (um ano) indica que a empresa possui R$ 1,68 para cada real de dívida de curto prazo. No ativo circulante, chama a atenção a “Conta a receber de Clientes” que representa 66% desse grupo. Por ser uma empresa prestadora de serviços, não existe dependência dos estoques. Em relação ao ano anterior, verifica-se que os indicadores de liquidez tiveram uma ligeira melhora.
Os indicadores de endividamento também melhoraram em relação ao ano anterior. No final de 2007, a empresa tinha 44% de seu ativo comprometido com terceiros. A qualidade da dívida indica que 60% do endividamento está concentrado no curto prazo. Pode-se dizer ainda, que o capital de terceiros está garantido, uma vez que para cada real colocado por terceiros, os proprietários colocam 1,26 reais.